Umbanda
Com a vinda dos escravos africanos para o Brasil, o sincretismo religioso se tornou uma prática comum entre os escravos, pois os senhores de engenho não permitiam nenhuma outra religião, a não ser a católica. Desta forma, nasceu a
Umbanda, amplamente difundida em todas as camadas sociais do país.
A
Umbanda difere do
candonblé em tudo, pois nela tem várias entidades que ajudam e auxiliam com consultas e conselhos. As giras para preto-velho são permitidas e alguns
terreiros mesclam o espiritismo(chamado por alguns de "religião de mesa branca") com a
Umbanda.
http://www.universomistico.etc.br/index.asp?m=2
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Muitas pessoas perguntam por que as entidades se apresentam sob as formas de
caboclos, pretos-velhos e crianças. Mas se observarmos bem veremos que esses são tipos de fácil identificação popular, representando as faixas etárias do homem e modelos de comportamento, como mostramos abaixo:
Pretos-velhos representação a faixa etária da Velhice e tem o comportamento de Prudência e humildade;Caboclos representação a faixa etária do Adulto e tem o comportamento de Vigor e pujança;
Crianças representação a faixa etária da Infância e tem o comportamento da Inocência e pureza;
http://www.obara6a.ubbi.com.br/pagina2.html
ESTRUTURA DA UMBANDA
Seu Mestre Supremo:
JESUS (Filho de Deus)
Suas Normas:
Sessões - Assim se chamariam os períodos de trabalhos espirituais;
Vestes - Os participantes estariam uniformizados de Branco;
Sacrifícios - Os sacrifícios de aves e animais é totalmente alheio à Umbanda;
Fundamento básico - É a crença ou culto aos espíritos evoluídos;
Atendimento - GRATUITO
Origem da palavra "UMBANDA":
Oriunda do Sânscrito ( a mais antiga língua da Terra-raiz mestra dos demais idiomas existentes no mundo), que se pode traduzir por "DEUS AO NOSSO LADO" ou "O LADO DE DEUS".
ou
UM - Deus (único) - Deus, o supremo espírito. BANDA - Povo da Terra - Grupo ou Facção.
Colaboração de:
A
Umbanda não foi codificada, como foi o
kardecismo em sua origem por
Hippolyte Leon Denizard Rivail (Livro dos espíritos, Livro dos
médiuns, Evangelho Segundo Espiritismo, O Céu e o Inferno e A
Gênese) a
Umbanda foi manifestada e o
kardecismo esclarecido, por isso temos muito a aprender com o
Kardecismo sobre esclarecimento e eles muito a aprender
conosco sobre manifestação.
Costumo dizer que se não temos uma “Bíblia
Umbandista”, todos os livros sagrados da humanidade são nossos, para extrairmos o que eles tiverem de melhor, temos a liberdade de estudar a Bíblia Cristã, o Tora (Judeu), O Alcorão (Muçulmano), O Tao Te
Ching (Chinês), O
Zend Avesta (Persa), Os Vedas (Hindu) e tantos outros.
Não temos 10 mandamentos Católicos, mas nos basta apenas um mandamento: “Amar ao próximo como a si mesmo e Deus acima de todas as coisas”
Não temos sete pecados capitais (gula, avareza, inveja, ira, luxuria, orgulho e preguiça) porque não acreditamos em pecado, mas cremos em vícios e virtudes, nos sete sentidos da vida (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração) dentro de nosso livre_arbítrio, onde o que se volta para o ego torna-se vicio.
Não temos dogma nem tabu, pois na
Umbanda ninguém é obrigado a aceitar nada, mas o conhecimento vai sendo absorvido naturalmente e da mesma forma a própria religião evolui e se adapta.
Não é uma seita religiosa, é religião, portanto tem seus fundamentos próprios que devem ser esclarecidos. O conceito de seita é muito antigo e vem da época em que haviam religiões oficiais, onde aqueles que se opunham de alguma forma àquela liturgia, formando grupos dissidentes, eram chamados de seitas e portanto considerados “hereges”, à margem da sociedade...
...Podemos e devemos absorver o conhecimento de outras religiões, ampliando assim nosso universo espiritual. Na verdade temos a aprender com todos e todos têm a aprender
conosco, quando a única religião for o Amor, o que existirão serão práticas diferentes deste Amor,
Umbanda é a nossa prática do Amor...
...Cada um ou cada grupo
umbandista realiza seus trabalhos, sessões, segundo seu ponto de vista, sem deixar de ser
umbanda. Cada casa, templo ou tenda é diferente um do outro e todos são centros ou “igrejas de
umbanda”. O que há em comum é a essência e não a forma!
http://www.jornaldeumbandasagrada.com.br/q1p=01.php
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Visões sobre o vocábulo Umbanda
Referência
Histórico-Literária
A mais antiga referência literária e denotativa ao termo
Umbanda é de
Heli Chaterlain, em Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra
Umbanda, como: curador, magia que cura,
sinonimo de
Kimbanda.
Visão
Esotérica sobre o vocábulo
Umbanda
Segundo a corrente
esotérica que existe na
Umbanda, a origem do vocábulo
Umbanda estaria na raiz
sânscrita AUM que, na definição de Helena
Petrovna Blavatsky, em seu Glossário
Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de
Vishnu; U, o nome de
Shiva, e M, o de
Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. As outras palavras componentes se supõem, como:
Bandha, de origem
sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra.
Autores dessa corrente
esotérica, analisando as duas palavras, definiram
Umbanda como sendo a junção dos termos
Aum +
Bandha, que seria o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra
mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como
Umbanda.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Origem_da_Umbanda
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Texto extraído do livro "Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada" de Rubens Saraceni
A Umbanda é uma religião nova, com cerca de um século de existência.
Ela é sincrética e absorveu conceitos, posturas e preceitos cristãos, indígenas e afros, pois estas três culturas religiosas estão na sua base teológica e são visíveis ao bom observador.
Uma data é o marco inicial da Umbanda: a manifestação do Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas no médium Zélio Fernandino de Morais ocorrida no ano de 1908, diferenciando-a do espiritismo e dos cultos de nação Candomblé de então. A Umbanda tem suas raízes nas religiões indígenas, africanas e cristã, mas incorporou conhecimentos religiosos universais pertencentes a muitas outras religiões. Umbanda é o sinônimo de prática religiosa e magística caritativa e não tem a cobrança pecuniária como uma de suas práticas usuais. Porém, é licito o chamamento dos médiuns e das pessoas que frequentam seus templos no sentido de contribuírem para a manutenção deles ou para a realização de eventos de cunho religioso ou assistencial aos mais necessitados.
A Umbanda não recorre aos sacrifícios de animais para assentamento de orixás e não tem nessa prática legitima e tradicional do Candomblé um dos seus recursos ofertórios às divindades, pois recorre às oferendas de flores, frutos, alimentos e velas quando as reverencia. A Umbanda não aceita a tese defendida por alguns adeptos dos cultos de nação que diz que só com a catulagem de cabeça e só com o sacrifício de animais é possível as feituras de cabeça (coroação do médium) e o assentamento dos orixás, pois, para a Umbanda, a fé é o mecanismo íntimo que ativa Deus, suas divindades e os guias espirituais em beneficio dos médiuns e dos frequentadores dos seus templos.
A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda e suas práticas ofertatórias isentas de sacrifícios de animais são uma reverencia aos orixás e aos guias espirituais, recomendando-as aos seus fiéis, pois são mecanismos estimuladores do respeito e da união religiosa com as divindades e os espíritos da natureza ou que se servem dela para auxiliarem os encarnados.
A Umbanda não é uma seita, e sim um religião, ainda meio difusa devido à aceitação maciça de médiuns cujas formações religiosas se processaram em outras religiões e cujos usos e costumes vão sendo diluídos muito lentamente para não melindrar os conceitos e as posturas religiosas dos seus novos adeptos, adquiridos fora da Umbanda, mas respeitados por ela.
A Umbanda não apressa o desenvolvimento doutrinário dos seus fiéis, pois tem no tempo e na espiritualidade dois ótimos recursos para conquistar o coração e a mente dos seus fiéis.
A Umbanda tem na mediunidade de incorporação a sua maior fonte de adeptos, pois a mediunidade independe da crença religiosa das pessoas e, como a maioria das religiões, condena os médiuns ou segrega-os, taxando-os de pessoas pocessas ou desequilibradas, então a Umbanda não tem que se preocupar, pois sempre será procurada pelas pessoas possuidoras de faculdades mediúnicas, principalmente a de incorporação.
A Umbanda tem de preparar muito bem os seus sacerdotes para que estes acolham em seus templos todas as pessoas possuidoras de faculdades mediúnicas e as auxiliem no desenvolvimento delas, preparando-as para que futuramente se tornem, também elas os seus futuros sacerdotes.
A Umbanda tem na mediunidade de incorporação o seu principal mecanismo de prática religiosa, pois, com seus médiuns bem preparados, assiste seus fiéis, auxilia na resolução de problemas graves ou corriqueiros, todos tratados com a mesma preocupação e dedicação espiritual e sacerdotal.
A Umbanda é uma religião espírita e espiritualista. Espírita porque está, em parte, fundamentada na manifestação dos espíritos guias. E espiritualista porque incorporou conceitos e práticas espiritualistas (referentes ao mundo espiritual), tais como magias espirituais e religiosas, culto aos ancestrais Divinos, culto religioso aos espíritos superiores da natureza, culto aos espíritos elevados ou ascencionados e que retornam como guias-chefes, para auxiliar a evolução das pessoas que freqüentam os templos de Umbanda.
A Umbanda, por ser sincrética, não alimenta em seu seio segregacionismo religioso de nenhuma espécie e vê as outras religiões como legitimas representantes de Deus. E vê todas como ótimas vias evolutivas criadas por Ele para acelerarem a evolução da humanidade.
A Umbanda não adota práticas agressivas de conversão religiosa, pois acha estes procedimentos uma violência consciencial contra as pessoas, preferindo somente auxiliar quem adentrar em seus templos. O tempo e o auxílio espiritual desinteressado ou livre de segundas intenções tem sido os maiores atrativos dos fiéis umbandistas.
A Umbanda crê que sacerdotes que exigem a conversão ou batismo obrigatório de quem os procura (pois só assim poderão ser auxiliados por eles e por Deus) com certeza são movidos por segundas intenções e, mais dia menos dia, as colocarão para quem se converteu para serem auxiliados por eles. (Veja famosos pastores mercantilistas eletrônicos ou alguns supostos sacerdotes de cultos que vivem dos Boris e dos ebós que recomendam incisivamente aos seus fiéis, tornando-os totalmente dependentes dessas práticas caso queiram algum auxílio espiritual ou religioso).
A Umbanda prega que os espíritos elevados (os seus espíritos guias) são dotados de faculdades e poderes superiores ao senso comum dos encarnados e tem neles um dos seus recursos religiosos e magísticos, recorrendo a eles em suas sessões de trabalho e tendo neles um dos seus fundamentos religiosos.
A Umbanda prega que as divindades de Deus (os orixás) são seres Divinos dotados de faculdades e poderes superiores aos dos espíritos e tem nelas um dos seus fundamentos religiosos, recomendando o culto a elas e a prática de oferendas como uma das formas de reverenciá-las, já que são indissociadas da natureza terrestre ou Divina de tudo o que Deus criou. A Umbanda prega a existência de um Deus único e tem nessa sua crença o seu maior fundamento religioso, ao qual não dispensa em nenhum momento nos seus cultos religiosos e, mesmo que reverencie as divindades, os espíritos da natureza e os espíritos ascencionados (os guias-chefes), não os dissocia D'Ele, o nosso Pai Maior e nosso Divino Criador.
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